Jaqueline de Meira Rodrigues
Ingrid Kóudela e Maya
Kóudela
Encenação
Protocolo
referente ao dia 3 de abril de 2012
Como dito no episodio
passado, o olhar hoje também será o protagonista.
Um pouco sofrido, o globo
ocular teve que deixar de ser preguiçoso e se mover um pouco, o exercício exigiu
do olhar movimentos leves, para baixo e para cima, para o lado direito, para o
lado esquerdo, girando, girando, parando, sentindo um pouco de dor, mas o olhar
já estava exercitado para começar finalmente a trabalhar no projeto de
encenação que o grupo GROTOSKOVISK está começando a montar.
Nesse episodio, o grupo
teve o seu primeiro contado com o texto que será a base da montagem, Capitulo
IV (Rabelais) -------------------------------------------.
Escutai!
Como o texto ainda não
era conhecido pelo grupo, conhece-lo foi o primeiro exercício, lendo em voz
baixa, somente com os olhos, cada um no seu ritmo, todos foram se envolvendo
com ele, varias vezes sem pressa, sem calma, conhecendo as letras, palavras, o
contexto e o texto, e aos poucos as vozes começaram a ganhar um pouco de sonoridade,
mas elas ainda eram somente sussurros, orações, soltas pelo espaço no caminhar
e na voz de cada ser ali presente, a voz começou a aumentar, agora cada pessoa
lia para o companheiro que estava do lado, e o companheiro fazia a mesma coisa,
sem ser linear ritmada ou algo do gênero, as vozes se misturaram, mas já começaram
a ser compreendidas nesse mix de frases, vozes e sussurros.
Coro no palco, coro na plateia,
em roda, cada coro lia entre si, frases contidas no texto, as um frase eram aleatórias,
um inciavam, outro continuavam com a frase escolhida, a leitura não era pra ser
necessariamente sequencial, experimentando varias sonoridades, intensidades,
volumes e ações na voz, assim o texto foi apresentado em uma confusão de vozes
organizadas.
Após o intervalo
comercial, o episodio continua com muito mais leitura, ação e entreterimento.
O episodio prossegue com
uma atividade instigante que eu (Particularmente amei), divididos em três
coros, um no palco e dois na plateia, um de cada vez, cada coro tinha que
apresentar o texto novamente, a plateia agora fica deitada de olhos fechados, somente
na escuta e na compreensão da historia, o coro em cena falava por si só uma
frase de forma aleatória (como no exercício anterior), por si só entre aspas,
pois tinham que ter muita atenção para não atropelar a vez do companheiro em
cena, sons, ruídos, toques e principalmente o caminhar foi permitido, para
acontecer uma experiência entre atores e plateia. A experiência relacionou os
sentidos tantos dos atores quanto da platéia, agora todos seriam instigados a
aguçar seus sentidos e sensações retidas no corpo, reações foram nítidas em
ambos.
Nossos sentidos e reações
estão sempre com nós, mas despertamos no nosso corpo, nesse caso de olhos
fechados, dando um descanso para os olhos colocamos no corpo e na mente a
criação das cenas do texto apenas pelas vozes e sensações.
Fim do episodio, semana
que vem tem mais, não percam ! Mais experiências e a evolução da montagem vai
acontecer ...
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