Protocolo 13/03/2012
- Tanja
respirar e caminar
caminar e respirar
que dificil confiar
com os olhos fechados
reagir a contatos mimísculos
respirar é viver
respirar é jogar
respirar é ser
E depois?
Georg Büchner! Woyzeck!
O alemão aqui no Brasil num projeto maravilhoso.
Uma pessoa é muitas pessoas e mesmo assim uma só.
O teatro é livre e tem um monte de possibilidades de
mostrar as relaҫões entre os humanos.
Protocolo 5+6/03/2012
- Tanja
Segunda-feira
O
desenvolvimento humano
no início da
evoluҫão
deitado no
chão
sozinho no
mundo
a cabeҫa no
fundo
devagar se
levantando
descobrindo
o espaҫo
o movimento
observando
pedaҫo a pedaҫo
permanecendo
nos pés
o corpo se
endireitando
nos vários tipos
andando
como a
naturaleza nos fez
percepҫão dos
eixos
em pernas e
braҫos
sentindo a
torҫão
no assento
do Japão
Terҫa-feira
Que impressionante os teses do Mikhail Bakhtin! Como
eu gosto a idea do realismo grotesco!
Na aula estudamos a obra “A Cultura Popular na Idade
Média e no Renascimento” dele, que fala sobre as três categorias das manifestaҫoes
da cultura popular da Idade Média e do Renascimento. Na minha cabeҫa
permaneciam vivas as seguintes palavras:
cultura popular
dualidade do mundo
linguagem cômica
rebaixamento
história do riso
Quando eu chegei na casa, queria ler tudo de novo em
silêncio e escrivi este resumo:
As três categorias são...
- as formas dos ritos e espetáculos
- obras cômicas verbais
- diversas formas e gêneros do vocabulário familiar e
grosseiro
O realismo grotesco é o rebaixamento, que é a unidade
do plano material e corporal.
Capítulo 1 “Rabelais e a História do Riso”: mudanҫas
na concepҫão do riso
- no barroco e classicismo perda da homogeneidade
- no romantismo riso numa forma subjetiva e estranha,
sem realismo grotesco
Capítulo 2 “O Vocabulário da Praҫa
Pública na Obra de Rabelais”: O drama cômico engloba morte e nascimento.
Capítulo 3: a lengua imagética da cultura popular
Capítulo 4: o grande significado de comer na festa
carnevalesca e no pensamento humano
Capítulo 5+6: as imagens grotescas do corpo para a
representaҫão do realismo grotesco
Capítulo 7: “As Imagens de Rabelais e a Realidade do
seu Tempo”: A obra do Mikhail Bakhtin no século do cristianismo e o Mikhail,
que não é um ateu
→ unidade de cultura popular e literatura
→ influência da cultura na literatura e da literatura
na cultura
→ literatura como elemento dinâmico da cultura
Protocolo 27+28/02/2012
- Tanja
Como é o seu nome? Onde você mora? O que musica você gosta? Que comida
você gosta mais?
Está bom, perguntas de uma entrevista.
Facil para responder.
Qual filme você adora?
Nossa! Como se chama “Die fabelhafte
Welt der Amelié“ em Portugues? Então nós chegamos a um acordo: Eu adoro filmes
francêses.
O que são os seus qualidades? E os seus fraquezas?
Estas perguntas já são um pouco mais complicadas, apesar de muito
interesantes.
Depois a apresentaҫão. Que
delícia! Os veteranos apresentaram os estudantes do primeiro semestre no base
da entrevista. Esta apresentaҫão aconteceu
muito interesante, divertida e nem um pouco complicada.
Por que? Se uma pessoa tem que apresentar-se, vai pensar em o que pode
contar, como se pode representar, tudo de uma maneira muito parcial e
unilateral. Como nós fizemos na aula, os participantes entram em contato já
antes da apresentaҫão. Tudo é
mais comunicativo. Outra pessoa decide, o que é interesante para o auditório e pode
representar sem pressão.
Na segunda parte da aula aconteceu algo que me abriu os olhos. Nós
fizemos uma pratica em grupo e estávamos parados um ao lado de outro. Um
estudante chamou o seu nome e andou com o seu andamento natural alguns metros
para frente e voltou. Depois o grupo imitou o andamento dele.
O meu primeiro pensamento era: Bom, não vai acontecer algo muito
interesante, todos vão andar numa maneira bem semelhante. Mas que surpresa! Eu
me dei conta, que todas as pessoas tiveram um andamento natural muito
diferente! Todos representaram com o seu andamento a própria personalidade.
Quando eu imitava o andamanto duma pessoa, tambêm pude sentir um pouco a
atitude dela. Assim,
eu pensei, deve ser, quando um ator se mete num papel.
Às vezes as praticas mais simples podem causar um conhecimento mais
forte.
Na terҫa-feira nós
falamos sobre o Mikhail Bakhtin.
Quem era? Um filósofo de linguagem!
De onde era? Da Rússia!
O que estava muito importante para ele? Carnavalizaҫão!
Quais obras estavam interesantes para ele? Estas do Rabelais!
Tudo grotesco! Sem fronteiras!
E no presente? Tudo grotesco também!
Um porco, buscando comida…
Humanos, vomitando-se…
Criaturas, gritando, chorando…
Bichos, farejando outros criaturas…
A sala de aula não era mais a sala de aula, era um lugar para loucos, o
inferno…
Protocolo
13+14/02/2012 - Tanja
Quando eu
decidi estudar teatro, ficei um pouco nervosa. Tinha perguntas na minha cabeҫa
como: Vou conseguir entender tudo? Vou ter a coragem de jogar e atuar?
Depois
destes dois primeiros dias de aula de encenaҫão eu nao mais tenho medo de
estudar teatro aqui no Brasil.
Por que? O
que passou nestes dias?
Os primeiros
dias de aula de encenaҫão foram marcados por brincadeiras e jogos teatrais. E o
que mais ficou na minha memória é a alegria de todos ao jogar. Esta alegria era
tão forte, que as minhas duvidas desapereceram.
Todos os
brincadeiras e jogos teatrais, que jogamos, quasi funcionam sem linguagem. Sao
gestos, atitudes e movimentos, que produzem reaҫões. Não importa, qual lingua
você fala, você pode jogar juntos. No caso do jogo ‘evolution’ é o gesto que forҫa
comunicaҫão, no caso do jogo ‘espelho’ é a observaҫão da outra pessoa. Ficei
particularmente impressionada com o jogo ‘som’. Apenas cerca de ouvir as
pessoas encontram um ao outro.
Teatro
parece uma coisa intercultural.
Estes dois
dias também me mostraram, qual grande forҫa tem o grupo.
Num jogo por
exemplo ficamos todos distribuido na sala. Todos ficamos em silencio. De repente
uma pessoa perturbou a calma, fazendo um gesto. Os gestos dos primeiros pessoas
foram simples, cuidadoso. Más com o tempo desenvolveu uma dinámica que permitiu
gestos cada vez mais expressivos. Esta creatividade foi increível e – assim eu
acho – somente possivel por causa da dinámica do grupo.
Jogos nunca
só são jogos. Têm um sentido. Me parece muito interessante descobrir este
significado por exemplo com alunos na escola, com eles, que estão no camino do
descobrimento da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário