Protocolo
referente aos dias 05-06/03.
“A
história das pernas doloridas”
Num
belo dia, andando, abrindo, deslizando e assim conhecendo o espaço de um foco a
outro, passando por várias pessoas, a perna direita estava sossegada em
movimento, quando de repente prenderam-na em uma algema que continha um peso
enorme nas suas pontas. Caminhou de um lado para o outro com aquilo. Foi
difícil para ela, pois fez muita força (talvez desnecessária) para criar aquele
movimento, gerando assim certo incomodo físico. Essa situação desequilibrou um
pouco o seu corpo, que teve um descanso na hora do lanche. Mas aquilo não a
deixava em paz. Sentia-se estranha.
Depois,
ouvindo uma bela música, começou a experimentar várias formas de levantar e de
sentar. Com o auxílio do corpo, essa experimentação foi muito interessante, mas
aconteceu algo inesperado: houve um movimento de sentar no qual as pernas
tiveram dificuldades. Ela insistiu, tentou algumas vezes, mas não deu mesmo,
restando dessas tentativas um incomodo físico.
No
outro dia, as pernas não estavam bem, principalmente a esquerda que estava mais
dolorida. Então, Após a teoria, foram participar de jogos que exigiam vários
movimentos, como por exemplo, correr e dançar, o que deixou as pernas nervosas
e inseguras.
Quando
estavam inseridas numa paisagem sonora, no qual havia pessoas que comiam muito,
outras que arrotavam que gemiam, e no fim vomitavam, assustaram-se com aquela situação,
ou melhor, com aqueles sons.
Enfim,
foram persistentes, desafiaram as dores, brigaram com o desequilíbrio corporal
(gerado pela condição das pernas), para assim alcançarem o máximo de
aproveitamento das situações que se encontravam. Passaram-se alguns dias e as
dores foram embora, sobrando apenas as boas lembranças daqueles momentos dolorosos,
mas incrivelmente satisfatórios.
Aline fantini Bastos
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